11.26.2006
Somos todos andarilhos
Somos todos andarilhos
Alguns passam a voar , rapidos
Outros a passos vagarosos
Uns andam de jatinhos
Outros de chinelos
Estrofe
Somos todos andarilhos
Passando pela planeta Terra
Uns sabem o seu destino
Outros perdidos no espaço
Somos todos andarilhos
Alguns de plumas e paetes
Outros mal-vestidos , maltrapilhos
Uns de brilhantes colares
Outros de flores selvagens
Estrofe
Somos todos andarilhos
Alguns viajam em dourados vagões
Outros em berços carcomidos
Uns de narizes empinados
Outros com muita humildade
estrofe
Somos todos andarilhos
Alguns vão pela estrada de compostela
Outros apenas vao até o vizinho
Uns acham-se os tais
Outros não tem iguais
estrofe
Somos todos andarilhos
Alguns não lembram esta breve passagem
Outros procuram eternamente o rumo
Uns andam com mapas e gps
Outros com um mero compasso
estrofe
Somos todos andarilhos
Alguns andam com a Biblia , o Torá
Outros o Alcorão , o Baghavad Gitá
Uns lutam com espadas
Outros andam de mãos dadas
estrofe
Somos todos andarilhos
Alguns lembram Satanás
Outros o Leviatá
Uns são sombrios
Outros são de fato anjos
estrofe
Somos todos andarilhos
Alguns choram ao ouvir John Lennon
Outros se emocionam ao ouvir Bach
Uns são musicas do demo
Outros canticos celestiais
estrofe
Somos todos andarilhos
Alguns de olhares invejosos
Outros de olhos amorosos
Uns de corpos sarados
Outros de muletas emprestadas
estrofe
Somos todos andarilhos
Alguns mais afortunados
Outros levam a pior
Uns compartilham
Outros menosprezam
estrofe
Somos todos andarilhos
Alguns esqueçem
Outros lembram
Uns aqui revivem
Outros são vão para sempre
estrofe
Somos todos andarilhos
Alguns apenas de breves momentos
Outros com vidas de sofrimentos
Uns se esqueçem que somos todos iguais
Outros a todos tratam com compaixão
estrofe
Somos todos andarilhos
Alguns de guerras se apetecem
Outros morrem pelos armas
Daqueles que esquecem
Que a todos nos espera o mesmo destino
Seja em caixões luxuosos
Ou em valas rasas .
Estrofe estrofe
Sem amor .... sem vida
Amor , explosão vulcanica
Impregnando o ar de calor
Sem amor , vida sem valor
Uma toada mecanica
Amor , cinzas com pegadas
Cheios de simbolos romanticos
Sem amor , seres automaticos
Sinfonia de notas cacofonicas
Amor , fulgores pirotecnicos
Desenhos fractais universais
Sem amor , linhas casuais
Paralelas sem fim , sem encontros
Amor , lavas incandescentes
Queimando corações apaixonados
Sem amor , universos incognitos
Odios e brilhos remanescentes
Amor , torrões de terra derretendo
Gritos e brados de alegrias
Sem amor , visões em ruinas
Silencio em um eterno decrescendo
Amor , canticos do amado bardo
Espetaculo de imensas coreografias
Sem amor , canções sem harmonias
D´alma em um recanto isolado
Amor , vidas em passos ritmados
D´essencias em revoadas
Sem amor , vidas vencidas
De vazios existencias e acabados
Amor , eterno reviver de memorias
Aspergidos por faíscas alvoroçadas
Sem amor , brasas apagadas
De báus cheios de passadas alegorias
Amor , de poetas e escritores
Enlevados por poeiras esvoaçantes
Sem amor ,seres sem setas alinhantes
Da vida nada levam a não ser amargores.
Sou fotografo
Se fotografo as belezas da vida
Permita-me fazer-lhe um convite
Participe da alegria exuberante
Postar a lembrança d´um instante
A foto é um momento de flagrante
Como a poesia , pode ser florida
Fotografia é um movimento poetico estacionário
Captam-se as luzes e as sombras em atimos
Prazer , euforia , alegria , o coração visionário
Choque de fotons com eletrons , amalgados
Vai-se um pouco no papel , dos retratados
Recordações que ficam impregnados
De sutis e vagos souvenirs atados
Passado , presente e futuro em um toque magico
Estacionados pelo visão de um poeta tecnologico !!!.
Aos orkutianos
Esta é uma resposta , àqueles que não me conhecem
Àqueles que convido para uma cordialidade
Àqueles que se interrogam da incognita do convite
Peço-lhes que a mão convidativa não recusem
Porque procuro nada mais que a amistosidade
Talvez , por solitário , nestas bandas de intrincidade
Sou em poucas palavras , rabiscos de curiosidade
Sou a incognita que corre pelos fios de cobre
Quem sabe nasça entre nós , uma amizade
Calorosa , porém tambem insipido , quem saberá o futuro ?
Não importa , continuarei solicitando sempre um rumo !!!
Talvez estranhem a aleatoriedade , não é assim o mundo ?
Não tenho por habito seguir as regras da sociedade
Dê de ombros , aceite ou me menospreze
Sou feliz nos convites que faço
Assim , viva ... !!! faço um brinde a amabilidade !!!
Almas femininas
Tantas almas femininas povoam esta terra
Este pequeno mundinho , no espaço ermo
Perguntam-me porque quero afeiçoar-me
A uma alma vagante pelos fios de telefones
Ora ... não sei se respondo a tamanha interrogação
Não é vida uma grande congregação ?
De almas vivantes querendo apenas conhecer
Outros seres deste planeta enfermo
Opostos que se encontram
Por mares nunca dantes tão navegados.
Estranho paradoxo , nos debruçamos na beirada de uma janela aberta
De frente para a praça , em pleno domingo , a admirar o ir e vir dos estranhos
Queremos que o mundo nos veja atraves de opacos vidros
Depois ... assombrados escondemo-nos atrás de uma fresta
Boas vindas ... espero que o convite te conduza a um rumo
Do qual recebas inumeras alegrias e contentamentos
Que floresçam pois as luzes de plenos deslubramentos
A cada um o seu destino , e cada um receba com carinho o seu prumo.
Permita-me dizer , madame , este convite galante
Parte de um poeta , sonhador e amante
De um filosofo e um ser pensante
Que nada mais quer que a amizade triunfante .
Sou o principio de Heisenberg
Sou o principio ... de incerteza de Heisenberg
Einstein não se conformou , gelou como um iceberg
Tentou contestar o comprovado mil vezes
Apesar da ajuda dos seus amigos , calculos refez ,
Como um foton , viajando pelo universo , o cosmos
De trajetoria em trajetoria , aleatorio , inumeros nós
Feymann bem que tentou desenhar com linhas curvas
Explicar as colisões das minusculas particulas
Outros , atraves de suaves contornos
Malvistos numa chapa fotografica sem adornos
Nuvens de traços fantasmagoricos
A perseguir os nossos pensamentos
Se a realidade existe ? pergunta o cientista
Não é tudo um eterno maya , diz o zen-budista
Porque então , se de lado me viro
Já nada encontro , pintura de um Miró
Margritte ou Dali , estranheza total
De onde vem esse acordo tonal ?
Será que de um big bang nasci ? que estouro !!!
O ribombar do estrondo , quase um sussuro
ainda ouve-se , bem diminuto , a vagar
Pelo espaço escuro , soando como as ondas do mar
Luz , sim brilhante e ofuscante , viajante
Por ermos os mais reconditos , circulando como um andante
Emaranhados de cordas , multi-projetados
Quem sabe em qual dimensão se jogam os dados ?
De pensadores a jogadores ... qual é a realidade ?
Deus , lança os raios que se perdem na eternidade !!!
O que é eterno ? Se apenas há o nada ?
Donde provem então a toada ?
Se o espaço-tempo não existe !!!
Onde estou então ? na mente ?
De quem ? quando ? onde ? porque ?
Dilema existencial , somatico ? psique ?
Existo nas minhas circonvuluções cerebrais ?
O PET assim demonstra minhas ondas mentais ?
Sou o que ? cordas vibrantes , dançantes ?
Meras vibrações de campos circundantes !!!
Propago-me pelo tudo e pelo nada , intrigante ?
Se penso , existo !!! existencia vagante !!!
Sem medição nem comparação , só o vazio !!!
Então como navego neste universo como um navio !!!
Que rumo tomar se não sei para qual porto
Devo prumar , serei apenas um ponto
Numa folha de papel em branco ?
Mas a brancura não é uma cor
Mas vejo a beleza de uma flor !!!
Que perguntas tolas estou me fazendo
Existo sim , que seja atraves deste comunicando
Paro , penso e reflito , não é a realidade
Apenas o sentimento maior de felicidade !!!
Feliz Ano Novo
Como sou de poucos amplexos , de timidos gestos
Escrevo nestas linhas tortas , de pouca inspiração
Para desejar a todos os interessados chegados
Um poema de felicidades , em linhas de tinta grossa
Rabisco com os dedos , apologias de festejos
De um ano novo que chega , esperando com satisfação
Que a todos os presentes se cumpram os grandes almejos
O passado , passou , que as cicatrizes esvaneçam
Com o passar do tempo , vaporizem-se em nebulosidades
E que o vento do amor , faça aparecer o sol radiante
De uma nova era que bate insistentemente a porta
Mentes abertas , amigos ...! que novas alegrias apareçam ....!
Que a nova vida deste novos dias sejam delirantes
Cheios de graças e favores , de vida cheia e cadente
Corações aberto , amigos ...! eis que chega a torta ...!
Alegria ...! que cada um separe o seu pedaço
Neste instante , fugaz de promessas vindouras
Em apenas um segundo muda-se a data
O calendario vira uma pagina , vai-se o passado
Cai por terra , com estrondo ensurdecedor , o empeço
Do preterito que fiquem somente as memorias
Que em um segundo apenas mudar a capa
Do livro de nossas lembranças , ao porvir ... brados ...!