11.26.2006

Poesias

São todas do autor Jean Servais Henri Colemonts

Somos todos andarilhos

Somos todos andarilhos

Alguns passam a voar , rapidos

Outros a passos vagarosos

Uns andam de jatinhos

Outros de chinelos


Estrofe

Somos todos andarilhos

Passando pela planeta Terra

Uns sabem o seu destino

Outros perdidos no espaço


Somos todos andarilhos

Alguns de plumas e paetes

Outros mal-vestidos , maltrapilhos

Uns de brilhantes colares

Outros de flores selvagens


Estrofe


Somos todos andarilhos

Alguns viajam em dourados vagões

Outros em berços carcomidos

Uns de narizes empinados

Outros com muita humildade


estrofe


Somos todos andarilhos

Alguns vão pela estrada de compostela

Outros apenas vao até o vizinho

Uns acham-se os tais

Outros não tem iguais


estrofe


Somos todos andarilhos

Alguns não lembram esta breve passagem

Outros procuram eternamente o rumo

Uns andam com mapas e gps

Outros com um mero compasso


estrofe


Somos todos andarilhos

Alguns andam com a Biblia , o Torá

Outros o Alcorão , o Baghavad Gitá

Uns lutam com espadas

Outros andam de mãos dadas


estrofe


Somos todos andarilhos

Alguns lembram Satanás

Outros o Leviatá

Uns são sombrios

Outros são de fato anjos


estrofe


Somos todos andarilhos

Alguns choram ao ouvir John Lennon

Outros se emocionam ao ouvir Bach

Uns são musicas do demo

Outros canticos celestiais


estrofe


Somos todos andarilhos

Alguns de olhares invejosos

Outros de olhos amorosos

Uns de corpos sarados

Outros de muletas emprestadas


estrofe


Somos todos andarilhos

Alguns mais afortunados

Outros levam a pior

Uns compartilham

Outros menosprezam


estrofe


Somos todos andarilhos

Alguns esqueçem

Outros lembram

Uns aqui revivem

Outros são vão para sempre


estrofe


Somos todos andarilhos

Alguns apenas de breves momentos

Outros com vidas de sofrimentos

Uns se esqueçem que somos todos iguais

Outros a todos tratam com compaixão



estrofe


Somos todos andarilhos

Alguns de guerras se apetecem

Outros morrem pelos armas

Daqueles que esquecem

Que a todos nos espera o mesmo destino

Seja em caixões luxuosos

Ou em valas rasas .


Estrofe estrofe

Sem amor .... sem vida

Amor , explosão vulcanica

Impregnando o ar de calor

Sem amor , vida sem valor

Uma toada mecanica


Amor , cinzas com pegadas

Cheios de simbolos romanticos

Sem amor , seres automaticos

Sinfonia de notas cacofonicas


Amor , fulgores pirotecnicos

Desenhos fractais universais

Sem amor , linhas casuais

Paralelas sem fim , sem encontros


Amor , lavas incandescentes

Queimando corações apaixonados

Sem amor , universos incognitos

Odios e brilhos remanescentes


Amor , torrões de terra derretendo

Gritos e brados de alegrias

Sem amor , visões em ruinas

Silencio em um eterno decrescendo


Amor , canticos do amado bardo

Espetaculo de imensas coreografias

Sem amor , canções sem harmonias

D´alma em um recanto isolado


Amor , vidas em passos ritmados

D´essencias em revoadas

Sem amor , vidas vencidas

De vazios existencias e acabados


Amor , eterno reviver de memorias

Aspergidos por faíscas alvoroçadas

Sem amor , brasas apagadas

De báus cheios de passadas alegorias

Amor , de poetas e escritores

Enlevados por poeiras esvoaçantes

Sem amor ,seres sem setas alinhantes

Da vida nada levam a não ser amargores.

Sou fotografo

Se fotografo as belezas da vida
Permita-me fazer-lhe um convite
Participe da alegria exuberante
Postar a lembrança d´um instante
A foto é um momento de flagrante
Como a poesia , pode ser florida

Fotografia é um movimento poetico estacionário
Captam-se as luzes e as sombras em atimos
Prazer , euforia , alegria , o coração visionário
Choque de fotons com eletrons , amalgados
Vai-se um pouco no papel , dos retratados
Recordações que ficam impregnados
De sutis e vagos souvenirs atados
Passado , presente e futuro em um toque magico
Estacionados pelo visão de um poeta tecnologico !!!.

Aos orkutianos

Esta é uma resposta , àqueles que não me conhecem

Àqueles que convido para uma cordialidade

Àqueles que se interrogam da incognita do convite

Peço-lhes que a mão convidativa não recusem

Porque procuro nada mais que a amistosidade

Talvez , por solitário , nestas bandas de intrincidade

Sou em poucas palavras , rabiscos de curiosidade

Sou a incognita que corre pelos fios de cobre

Quem sabe nasça entre nós , uma amizade

Calorosa , porém tambem insipido , quem saberá o futuro ?

Não importa , continuarei solicitando sempre um rumo !!!

Talvez estranhem a aleatoriedade , não é assim o mundo ?

Não tenho por habito seguir as regras da sociedade

Dê de ombros , aceite ou me menospreze

Sou feliz nos convites que faço

Assim , viva ... !!! faço um brinde a amabilidade !!!

Almas femininas

Tantas almas femininas povoam esta terra

Este pequeno mundinho , no espaço ermo

Perguntam-me porque quero afeiçoar-me

A uma alma vagante pelos fios de telefones

Ora ... não sei se respondo a tamanha interrogação

Não é vida uma grande congregação ?

De almas vivantes querendo apenas conhecer

Outros seres deste planeta enfermo

Opostos que se encontram

Por mares nunca dantes tão navegados.


Estranho paradoxo , nos debruçamos na beirada de uma janela aberta

De frente para a praça , em pleno domingo , a admirar o ir e vir dos estranhos

Queremos que o mundo nos veja atraves de opacos vidros

Depois ... assombrados escondemo-nos atrás de uma fresta


Boas vindas ... espero que o convite te conduza a um rumo

Do qual recebas inumeras alegrias e contentamentos

Que floresçam pois as luzes de plenos deslubramentos

A cada um o seu destino , e cada um receba com carinho o seu prumo.


Permita-me dizer , madame , este convite galante

Parte de um poeta , sonhador e amante

De um filosofo e um ser pensante

Que nada mais quer que a amizade triunfante .

Sou o principio de Heisenberg

Sou o principio ... de incerteza de Heisenberg

Einstein não se conformou , gelou como um iceberg

Tentou contestar o comprovado mil vezes

Apesar da ajuda dos seus amigos , calculos refez ,

Como um foton , viajando pelo universo , o cosmos

De trajetoria em trajetoria , aleatorio , inumeros nós

Feymann bem que tentou desenhar com linhas curvas

Explicar as colisões das minusculas particulas

Outros , atraves de suaves contornos

Malvistos numa chapa fotografica sem adornos

Nuvens de traços fantasmagoricos

A perseguir os nossos pensamentos

Se a realidade existe ? pergunta o cientista

Não é tudo um eterno maya , diz o zen-budista

Porque então , se de lado me viro

Já nada encontro , pintura de um Miró

Margritte ou Dali , estranheza total

De onde vem esse acordo tonal ?

Será que de um big bang nasci ? que estouro !!!

O ribombar do estrondo , quase um sussuro

ainda ouve-se , bem diminuto , a vagar

Pelo espaço escuro , soando como as ondas do mar

Luz , sim brilhante e ofuscante , viajante

Por ermos os mais reconditos , circulando como um andante

Emaranhados de cordas , multi-projetados

Quem sabe em qual dimensão se jogam os dados ?

De pensadores a jogadores ... qual é a realidade ?

Deus , lança os raios que se perdem na eternidade !!!

O que é eterno ? Se apenas há o nada ?

Donde provem então a toada ?

Se o espaço-tempo não existe !!!

Onde estou então ? na mente ?

De quem ? quando ? onde ? porque ?

Dilema existencial , somatico ? psique ?

Existo nas minhas circonvuluções cerebrais ?

O PET assim demonstra minhas ondas mentais ?

Sou o que ? cordas vibrantes , dançantes ?

Meras vibrações de campos circundantes !!!

Propago-me pelo tudo e pelo nada , intrigante ?

Se penso , existo !!! existencia vagante !!!

Sem medição nem comparação , só o vazio !!!

Então como navego neste universo como um navio !!!

Que rumo tomar se não sei para qual porto

Devo prumar , serei apenas um ponto

Numa folha de papel em branco ?

Mas a brancura não é uma cor

Mas vejo a beleza de uma flor !!!

Que perguntas tolas estou me fazendo

Existo sim , que seja atraves deste comunicando

Paro , penso e reflito , não é a realidade

Apenas o sentimento maior de felicidade !!!

Feliz Ano Novo

Como sou de poucas palavras , de pouca prosa
Como sou de poucos amplexos , de timidos gestos
Escrevo nestas linhas tortas , de pouca inspiração
Para desejar a todos os interessados chegados
Um poema de felicidades , em linhas de tinta grossa
Rabisco com os dedos , apologias de festejos
De um ano novo que chega , esperando com satisfação
Que a todos os presentes se cumpram os grandes almejos

O passado , passou , que as cicatrizes esvaneçam
Com o passar do tempo , vaporizem-se em nebulosidades
E que o vento do amor , faça aparecer o sol radiante
De uma nova era que bate insistentemente a porta
Mentes abertas , amigos ...! que novas alegrias apareçam ....!
Que a nova vida deste novos dias sejam delirantes
Cheios de graças e favores , de vida cheia e cadente
Corações aberto , amigos ...! eis que chega a torta ...!

Alegria ...! que cada um separe o seu pedaço
Neste instante , fugaz de promessas vindouras
Em apenas um segundo muda-se a data
O calendario vira uma pagina , vai-se o passado
Cai por terra , com estrondo ensurdecedor , o empeço
Do preterito que fiquem somente as memorias
Que em um segundo apenas mudar a capa
Do livro de nossas lembranças , ao porvir ... brados ...!

O que somos nós ?

O que somos nós ? Animais racionais ou seres espirituais racionais ? Dependendo da resposta em que acreditarmos assim agiremos neste mundo .